Mónica, não enjeitando a tua opinião, nota bem este argumento ou ponto de vista, sacado do Arrastão. A promoção não é bem uma promoção, era acabar com o mercado pois a oferta é bem superior ao valor do mercado
"Num mercado que conheceu 14,8 milhões de espectadores nos primeiros 11 meses de 2008, a Lusomundo preparava-se para oferecer 40 milhões de potenciais bilhetes por ano. Sendo certo que a ideia de ir ao cinema sem pagar é particularmente tentadora, convém lembrar a dimensão reduzida e concentrada do mercado cinematográfico no nosso país. Ao distribuir gratuitamente três vezes mais bilhetes do que o número de espectadores, a Lusomundo não está a realizar uma promoção nem a recorrer a um normal cartão de cliente. Está a inundar o mercado com milhões e milhões de bilhetes à borla, desvalorizando o seu valor e criando as condições para que a concorrência se visse obrigada a encerrar as escassas salas de cinema que ainda não pertencem à Lusomundo. No outro lado da conta acabaria sempre por aparecer a restrição ainda mais evidente dos géneros e cinematografias com acesso à distribuição nas salas de exibição. Compreende-se, por isso, que a Autoridade da Concorrência aponte o “elevado risco de efeitos anticoncorrenciais negativos” desta medida."
2 comentários:
Mónica, não enjeitando a tua opinião, nota bem este argumento ou ponto de vista, sacado do Arrastão.
A promoção não é bem uma promoção, era acabar com o mercado pois a oferta é bem superior ao valor do mercado
"Num mercado que conheceu 14,8 milhões de espectadores nos primeiros 11 meses de 2008, a Lusomundo preparava-se para oferecer 40 milhões de potenciais bilhetes por ano. Sendo certo que a ideia de ir ao cinema sem pagar é particularmente tentadora, convém lembrar a dimensão reduzida e concentrada do mercado cinematográfico no nosso país. Ao distribuir gratuitamente três vezes mais bilhetes do que o número de espectadores, a Lusomundo não está a realizar uma promoção nem a recorrer a um normal cartão de cliente. Está a inundar o mercado com milhões e milhões de bilhetes à borla, desvalorizando o seu valor e criando as condições para que a concorrência se visse obrigada a encerrar as escassas salas de cinema que ainda não pertencem à Lusomundo. No outro lado da conta acabaria sempre por aparecer a restrição ainda mais evidente dos géneros e cinematografias com acesso à distribuição nas salas de exibição. Compreende-se, por isso, que a Autoridade da Concorrência aponte o “elevado risco de efeitos anticoncorrenciais negativos” desta medida."
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