I'll Be Gone In The Dark, HBO

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Violas, traumatizas, matas. E durante 40 anos, na casa dos 70, já, achas que te safaste. Estás descansado da vida, a pensar que foste mais esperto que todos e que podes finalmente podes morrer em paz. Incrível com uma miúda que lia Agatha Christie nas férias e sempre teve um fascínio por mistério e crime ajuda a mandar tudo isto abaixo. 

Falo de Michelle MacNamara, criadora do blog True Crime Diary e autora do livro, "I'll Be Gone In The Dark" cuja história e investigação serviu de mote para a série documental da HBO com o mesmo nome. Não quero dizer muito mais. A série aborda a vida da autora e dá a conhecer ao mundo como Michelle, juntamente com um grupo de pessoas incansáveis, ajudou a capturar um homem que se achava invisível.

Este é o final (clarividente) do livro de Michelle: "One day soon, you’ll hear a car pull up to your curb, an engine cut out. You’ll hear footsteps coming up your front walk. (...) The doorbell rings. No side gates are left open. You’re long past leaping over a fence. Take one of your hyper, gulping breaths. Clench your teeth. Inch timidly toward the insistent bell. This is how it ends for you. “You’ll be silent forever, and I’ll be gone in the dark,” you threatened a victim once. Open the door. Show us your face. Walk into the light." - Michelle MacNamara (1970-2016)


Outros tempos


Andava na net à procura de outra coisa e fui dar com isto. Que saudades! Lembro-me perfeitamente do murro no estômago quando vi o "Kids" (falo nisso muitas vezes) e de ter de sair à pressa antes do fim do "Crash" porque senão perdia o último autocarro para casa! Só muito tempo mais tarde consegui terminar o filme... 

Maré de azar cinematográfico



Estou numa maré de azar, cinematograficamente falando. Vi três filmes que não me encheram as medidas, em três dias seguidos.

- Usa a base de Groundhog Day, em mau. E não gosto de Emily Blunt.
- Uma desilusão. E eu gosto (muito) de filmes sobre a máfia. É demasiado longo, para começar. Depois, a tecnologia de rejuvenescimento levou-me imediatamente para imagens de videojogos. Fixe para videojogos, portanto, mau para cinema que não seja de animação. Mais coisas: o personagem de Harvey Keitel quase não aparece! Para quem gosta de Harvey Keitel, é mau! E a cena do telefonema com Robert de Niro, senhores. Que facada! Valeu-me Joe Pesci, que está no seu melhor. E outros tantos elementos do elenco, sempre no ponto. Comentário final: o filme devia ter mantido o título original, "I heard you paint houses". Muito mais fixe.
- Barulhento, cansativo, muito cansativo. Adam Sandler não me convenceu, de todo, neste papel. Mais: Kevin Garnett fica bem melhor num campo de basket e Idina Menzel na banda sonora de "Frozen"... 

The Innocence Files, Netflix


Criado em 1992 por Peter Neufeld e Barry Scheck na Cardozo School of Law, o Innocence Project ajuda a libertar pessoas erradamente acusadas dos mais variados crimes, através de provas de ADN. O projecto trabalha também para ajudar a reformar o sistema de justiça criminal norte-americano, com o objectivo de  prevenir futuras injustiças.

Na lista de casos de sucesso do Innocence Project encontramos muitas pessoas que foram condenadas a penas de prisão perpétua e penas de morte. Algumas cumpriram 1 ano de prisão. Outras 38 anos...  Por crimes que não cometeram! Algumas delas simplesmente estavam no sítio errado à hora errada. Outras foram identificadas por testemunhas oculares que estavam absolutamente certas do que tinham visto e depois tiveram de viver com o peso do seu engano. Há também os que foram atropelados pela ganância de quem não olhou a meios para atingir fins. E os que foram traídos por quem estava mais perto deles, por várias razões: tiveram medo, foram ameaçados, deixaram-se convencer por discursos mentirosos, mas eloquentes, enfim, há de tudo um pouco.

Os que tiveram a sorte de conseguir ser ajudados, porque muitos já não estão entre nós e outros ainda estão lá dentro, tentam continuar as suas vidas. Como podem. Uns foram compensados com milhões, outros nem por isso. Admitir erros não é para todos. Qualquer pessoa pensaria que isso seria o correcto. Mas não é assim que as coisas funcionam. E não há nada nem ninguém que os obrigue. 

A série está disponível na Netflix desde 15/04/2020 e tem 9 episódios revoltantes. Devia ser mostrada no ensino secundário. Ensina a conhecer melhor o mundo, os E.U.A., o ser humano. E ensina (ou relembra) que a vida é muito, mas muito frágil.

"O Clube de Cinema", de David Gilmour

Lido em meia dúzia de dias. Não, não foi escrito por David Gilmour dos Pink Floyd. Este é outro David Gilmour. Canadiano, crítico de cinema, a certa altura apresentador de TV. Interessei-me pela história base do livro, verídica: David permitiu que o seu filho Jesse, adolescente de 15 anos na altura, desistisse de estudar, em troca de uma espécie de educação alternativa, consigo em casa. Chamaram-lhe "O Clube de Cinema". O acordo era passar três noites por semana a ver um filme. Durou cerca de três anos. Nem sempre foi pacífico, mas posso dizer, sem estragar nada, que acaba por correr tudo bem com os dois. Foi giro relembrar alguns dos filmes que ele refere, mas no geral, o que me incomodou mais no livro foram as passagens sobre as crises sentimentais do filho, que acabam por estar sempre lá, de início ao fim e com bastante peso. 

"Escolher filmes (livros) para outras pessoas é uma coisa arriscada. De certa forma, pode ser tão revelador... mostra a forma como pensamos, mostra aquilo que nos move (...)"., David Gilmour.

Nos últimos 58 dias

 ©Pinho

Em tempos de isolamento social, aproveita-se para pôr a lista de filmes em dia. Os que se queriam ver e os que apesar de não estarem nos planos, acabam por calhar bem, por uma razão ou outra. 

A lista não tem nenhuma ordem específica. Assinalei os que gostei mais e menos.

Nos últimos 58 dias vi:

John Wick
John Wick: Chapter 2
John Wick: Chapter 3 - Parabellum 👎
Creed 
Creed II
Yesterday
Jojo Rabbit 👍
The Equalizer 👍
The Equalizer 2 👍
Bird Box
Leave No Trace
Tallullah
Sand Castle
Spenser Confidential 👎
The Laundromat
Roma 
Tonari no Totoro
Peter Rabbit
The Walk 👍
The Untouchables (este foi visto pela segunda vez, a primeira tinha sido há várias vidas)
Mission: Impossible - Fallout
Zombieland: Double Tap
American Made 👍
I Am Mother
Shaun The Sheep Movie
The 15:17 to Paris
Turbo
El Hoyo 👍
Mademoiselle de Joncquières

Não fiz uma lista dos documentários que vi entretanto, nem das séries. Ainda são alguns, a acrescentar a tudo isto. Estou quase a acabar The Innocence Files (a propósito, toda a gente devia ver esta série documental...). Posso também dizer que estão em espera, talvez na lista mais para breve: La Casa de Papel 4, Ozark 3, The Last Kingdom 4 e Colony 3, não decidi ainda por que ordem.

Olá, outra vez.

Muitos anos e muitas vidas se passaram desde que criei o Some girls are stranger than others... Durante muito tempo escrevi regularmente e, depois, deixei de partilhar fosse o que fosse. Fases. Publicações sobre aventuras no trabalho, outras mais ou menos pessoais. Outras tão crípticas que nem eu, a esta distância, consigo decifrar! Muitas foram ficando numa qualquer rede social e não aqui. Talvez esteja de volta. Sempre que haja vontade. Até...