(Antes de mais, passei há pouco pelo site dos Metallica e li esta frase: "Happy Death Magnetic Day". Pensei: "Que coisa estúpida para se dizer.")
Ouvi e voltei a ouvir "Death Magnetic". Por partes:
Foi um passo em frente, já que para mim o "St. Anger" é inaudível... mas ainda assim longe de ser o álbum Metallica como eu gostava que fosse... Os solos de guitarra voltaram e alguma da melodia também, mas mais uma vez, longe de temas com grande qualidade criados por eles há muitos anos.
Quase arriscava dizer que a pior música de sempre dos Metallica está neste álbum, "The Unforgiven III" (mas lá está, existe todo um álbum chamado "St. Anger"). De qualquer maneira, esta faixa é horrível.
Voltaram a fazer um instrumental "Suicide & Redemption", mas falham redondamente... dói só de pensar que nunca mais criarão nada (não acredito mesmo) à altura de um "The Call of Ktulu" ou "Orion". Curioso que o site da banda tenha na descrição deste álbum um menu "Read Lyrics" para este tema.
Em resumo, às primeiras "audições" só gostei realmente da primeira faixa "That was just your life", mas voltarei a ouvir o álbum para confirmar (saltando o "The Unforgiven III"). Tenho de o ouvir tema a tema isoladamente. Dá-me ideia de que este trabalho é mais um colectivo de temas do que um álbum. A banda parece-me perdida tanto na concepção como na concretização e até na estratégia, mesmo que tenha feito um esforço consciente para voltar atrás em algumas coisas, como no logótipo. Infelizmente "mudanças cosméticas" não adiantam muito, principalmente no Metal! Finalmente livraram-se de Bob Rock, mas Rick Rubin também não foi suficiente para salvar a banda nesta fase (em que bem precisava). De qualquer maneira, um produtor não faz milagres e este já fez tanto de bom como de mau com outras bandas...
Penso que este álbum será bem recebido principalmente por aqueles que só começaram a ouvir Metallica depois de "Black Album", ou para aqueles que só agora descobriram a banda, mas deixa muito a desejar àqueles que tinham como favoritos "Kill 'em All", "Ride The Lightning", "Master Of Puppets" ou "...And Justice For All".
Ao ver a entrevista que Lars deu a António Freitas para o Hypertensão, ouvi-o dizer barbaridades como "O Robert Trujillo está connosco desde sempre" e logo de seguida fazer um apanhado dos baixistas que passaram pela banda e não fazer destaque principal a Cliff Burton... ou dizer que andaram não sei quantos anos a fugir dos álbuns que fizeram nos anos 80. Mas por alma de quem?! Não há lá nada de que se pudessem envergonhar, antes pelo contrário... Diz que agora, com Rick Rubin, aprenderam a aceitá-los... enfim.
Com grande pena minha, a capa de "Death Magnetic" é mesmo reveladora... Enquanto os Metallica não quiserem abrir mão de um certo... comodismo talvez não seja a palavra certa... mas pronto, não consigo agora pensar noutra, a que se habituaram quando se decidiram vender ao mainstream, nada feito. Podiam ser a melhor da banda de Metal do mundo, como dizem por aí à boca cheia. Mas não são.
Ouvi e voltei a ouvir "Death Magnetic". Por partes:
Foi um passo em frente, já que para mim o "St. Anger" é inaudível... mas ainda assim longe de ser o álbum Metallica como eu gostava que fosse... Os solos de guitarra voltaram e alguma da melodia também, mas mais uma vez, longe de temas com grande qualidade criados por eles há muitos anos.
Quase arriscava dizer que a pior música de sempre dos Metallica está neste álbum, "The Unforgiven III" (mas lá está, existe todo um álbum chamado "St. Anger"). De qualquer maneira, esta faixa é horrível.
Voltaram a fazer um instrumental "Suicide & Redemption", mas falham redondamente... dói só de pensar que nunca mais criarão nada (não acredito mesmo) à altura de um "The Call of Ktulu" ou "Orion". Curioso que o site da banda tenha na descrição deste álbum um menu "Read Lyrics" para este tema.
Em resumo, às primeiras "audições" só gostei realmente da primeira faixa "That was just your life", mas voltarei a ouvir o álbum para confirmar (saltando o "The Unforgiven III"). Tenho de o ouvir tema a tema isoladamente. Dá-me ideia de que este trabalho é mais um colectivo de temas do que um álbum. A banda parece-me perdida tanto na concepção como na concretização e até na estratégia, mesmo que tenha feito um esforço consciente para voltar atrás em algumas coisas, como no logótipo. Infelizmente "mudanças cosméticas" não adiantam muito, principalmente no Metal! Finalmente livraram-se de Bob Rock, mas Rick Rubin também não foi suficiente para salvar a banda nesta fase (em que bem precisava). De qualquer maneira, um produtor não faz milagres e este já fez tanto de bom como de mau com outras bandas...
Penso que este álbum será bem recebido principalmente por aqueles que só começaram a ouvir Metallica depois de "Black Album", ou para aqueles que só agora descobriram a banda, mas deixa muito a desejar àqueles que tinham como favoritos "Kill 'em All", "Ride The Lightning", "Master Of Puppets" ou "...And Justice For All".
Ao ver a entrevista que Lars deu a António Freitas para o Hypertensão, ouvi-o dizer barbaridades como "O Robert Trujillo está connosco desde sempre" e logo de seguida fazer um apanhado dos baixistas que passaram pela banda e não fazer destaque principal a Cliff Burton... ou dizer que andaram não sei quantos anos a fugir dos álbuns que fizeram nos anos 80. Mas por alma de quem?! Não há lá nada de que se pudessem envergonhar, antes pelo contrário... Diz que agora, com Rick Rubin, aprenderam a aceitá-los... enfim.
Com grande pena minha, a capa de "Death Magnetic" é mesmo reveladora... Enquanto os Metallica não quiserem abrir mão de um certo... comodismo talvez não seja a palavra certa... mas pronto, não consigo agora pensar noutra, a que se habituaram quando se decidiram vender ao mainstream, nada feito. Podiam ser a melhor da banda de Metal do mundo, como dizem por aí à boca cheia. Mas não são.
3 comentários:
Sem gostar muito da banda, compreendo o que todos os fãs dizem dos albuns mais recentes. Mas tenho uma visão um pouco diferente do assunto. Para mim os Metallica tiveram apenas um bom musico, que era Cliff Burton (basta pensar na musica anesthesia). De resto são todos um pouco mediúcres. Lars é mesmo um mau baterista, e Kirk é muito trapalhão..Chega a parecer que acabou de aprender a tocar guitarra ha uns dias... Posto isto, é sabido que só os realmente grandes se aguentam nestas lides por muitos anos com qualidade constante (mesmo mudando um pouco o estilo), secalhar o problema esta por ai. Não se deve pedir a uma banda como os Metallica sempre mais e mais com a mesma qualidade ou ainda mais...Eles tiveram os seus strokes of genius na fase inicial da carreira e depois disso as limitações da banda começaram a deixa-los ficar mal.. Portanto, desde cedo os Metallica começaram a lutar para não descer de divisão. De todo o modo,menos mau...Os CSS atingiram esse ponto ao segundo album,isso sim é triste...
1- Nunca fui grande fã de Metallica
2-Já de Thrash sou simpatizante (já fui maníaco mesmo na minha adolescência).
Anthrax, Voivod, Sabbat e acima de tudo SLAYER (claro) são os meus predilectos.
3- Na minha opinião, muito raramente uma banda de Thrash entrou com o pé direito no álbum de estreia. Ok, Ok... são opiniões, mas no geral acho esses registos "cheesy"... com berrinhos ridículos, temáticas risíveis, repletos de paulada mal pensada. Claro que há excepções: "Killing is my business..." para a altura era um album bastante maduro, sem tretas (Comparem as versões de mechanix e 4 horsemen... enough said :P). "Darkness descends" continua um disco inigualável na história dos Dark angel e "History of a time to come" é soberbo (se bem que os Sabbat são um caso a parte... oriundos de um país com poucas bandas de thrash de renome... apareceram mais tarde... a sonoridade épica e a temática céltico - pagã sempre os tornaram únicos). Mas voltando a Kill'em all e quejandos: foram necessários na altura? Penso que não: foram FULCRAIS...mas como processo evolutivo. À distancia posso dizer que Kill'em all, Show no mercy, War and pain, Fistfull of metal e outros são albuns que, se por um lado roçam o confrangedor (embora com bons cortes ... no caso dos Metallica... Mothorbreath e Jump in the fire são bastante razoáveis), por outro tiveram uma importância monstruosa relativamente ao que se seguiu. No entanto comparem-nos com albuns como Reign In Blood (A BIIIIIIIIIBLIA!), Master of Puppets, Dimension Hatross ou Among The Living... Well… I rest my case ;).
4- Concentremo-nos então nos Metallica.
Já sabem o que acho de Kill'em all... chamem-me o que quiserem.
No Ride the lightning a coisa muda e de que maneira... a malha de abertura é a partir... mas ainda hoje assusta (e a letra ja não é risível... destruição massiva por nukes... um pouco diferente do senhor fantasma ou dos 4 cavaleiros do apocalipse... enfim). Ride the lightning é um mid tempo brilhante e compartilha a temática da morte anunciada da prespectiva da victima duma forma bem sólida com o pomposo For Whom The Bell Tolls. Fade To Black introduz a banda às "fake ballads" (prefiro chamar-lhes acústicos tharsh/progressivos) formula bem interessante e continuada em albuns seguintes (one, sanitarium...) de forma exemplar. Call of Cthullu (acho que escrevi mal mas o original também se encontra mal redigido... a lula sobrealimentada criada pelo sr. Lovecraft chama-se KTULU) também cria uma imagem de marca da banda: os instrumentais épicos. Em suma: muito bom album e graaaaaaaande evolução.
5- Recuso-me a comentar "Master" e "Justice". São óptimos e o ponto alto da carreira da banda. Opiniões são opiniões mas penso que isto é já pende mais para o cariz factual :).
6- "The black album", "Metallica", "Snake" ou que raio queiram chamar ao disco... Começa com "Enter Sandman". Faixa orelhuda, metal para a rádio, com groove. É comercial? É! É boa? Também! Pesada? Quanto baste. Nada como juntar o rentável ao agradável.
O mesmo gostaria de opinar do resto do album...mas não. Este é capaz de ser mesmo o pior registo da banda por vários factores. Desde já músicas com melodias ocas ("Nothing else Matters", "The Unforgiven") em que o sentimento é confundido com mariquice. Depois mid tempos enjoativos e enervantes ("Sad but true" seria um título bem realista para o álbum e "Wherever I may Roam" traz um toque a la "kashmir" dos Led Zeppelin, só que azedado e asco). Salva-se a 1ª faixa (como já disse), The god that failled (esta sim! carregada de emoções... sem VIADAGEM!) My friend of Misery (idem...) e os tempos desconcertantes e hipnoticos de Through the never. O resto são fillers. Em suma: MAU! Metal comercial até dizer basta (o que muitos apontam a load e reload eu aponto a este album...muito mais sell out que os 2 seguintes!...mas já lá vamos). Curiosamente é o album em que Bob Rock entra (com uma excelente produção)... Coincidências.
7- Load e Reload... Ora bem... Penso que estes 2 albuns trouxeram a tona muito do lixo que anda na industria da musica e do metal. Desde já: estes não são albuns de metal. Está algures num "heavy/ stoner/ southern rock (algo que parece uma simbiose entre a sonoridade duns C.O.C. e Danzig). Metal nestes 2 albuns... só me estou a lembrar da soberba Outlaw thorn, do poderoso Fuel, ou de Memory remains. E é aí que começa o problema tooooooooooooooooodo. A malta andava mais preocupada com o facto de "terem cortado o cabelo" e "já não tocarem metal" do que em ouvir MÚSICA! É triste… Quando compro um álbum a minha 1ª preocupação vai para a qualidade e não para o rótulo ou acessibilidade do estilo sonoro. No entanto, em Load e Reload os Metallica cometem um grande erro: quando podiam ter feito um album muito bom , preferiram fazer 2 medianos, repletos de fillers flácidos (por razões financeiras sem dúvida. Aqui sim… acho que está o grande sell out destes 2 discos). Ademais existem as experiências (o country de "mama said" e o "low man's lyric") parecem-me bastante deslocadosdo resto. Em compensação Ain't my bitch, 2x4 e outras são paulada forte (eu cá prefiro rock de barba rija do que metal para malmequeres :P) e Untill it sleeps e Unforgiven II sao cortes calmos que explodem em refrões bombásticos(estes sim com bastante intensidade). A produção é soberba. Resumindo: pena que não tenham limado arestas... gerando 1 album de qualidade com uma nova direcção... Comercial? talvez...mas há aquelas coisas que são boas porque vendem e as que vendem porque são boas. Para mim, desde que falemos do 2º exemplo, estou-me bem a borrifar.
Ah! E é por esta altura que Hettfield começa a aprender a cantar...:P
8- St. Anger (ou para outros como eu: St. Latas). o 1º contacto que tive com o album foi um streaming manhoso que estava no site da banda chamado "FRANTIC". Ouvi aquilo e fiquei naquela do "Woooow! Forte! Pena que o som esteja tão comprimido"... Bem........mal sabia eu que o som NÃO ESTAVA COMPRIMIDO e que estava a ouvir a melhor faixa do album. Depois vi o video da faixa titulo. Só me vinha a cabeça o seguinte pensamento: "mas que m#*da é esta? Um gajo a malhar numa lata de Sotinco?" Fiquei chocado. Há vários factores que mutilam este disco. Desdejá a produção é TRAAAAAAAAAAAAMPA. Inqualificável! Depois aquela tarola - sotinco... ui! Um mimo! Finalmente James Hettfield que sempre se cotou como um excelente compositor, aqui espalha-se ao comprido. A maioria das estruturas são absurdas, alguns riffs e linhas de bateria são risíveis e obtusas. Há, no entanto, alguns cortes de qualidade: para além da já referida Frantic, temos Unnamed feeling, Dirty window, a vs editada de Some kind of monster e Invisible kid (tirando a parte em que homem se mete lá para o meio a gemer). Mas é tudo estraçalhado pela produção (?) e pela lata estridente. Prova disso? Ouçam a vs remasterizada de "some kind of monster" (sem as abominações acima referidas e tirem as vossas conclusões).
9- Finalmente death magnetic... revisto de forma lacónica e descontraída, faixa a faixa:
that was just your life: aaaaaaaaah isto sim! blackned e battery meets frantic... grande refrão e harmonizer de guitarras no fim.
End of the line: sem ponta por onde se lhe pegue... skip it!
Broken beat and scarred: mid tempo forte com um pouco de melodia e uma ligeira aceleração para açucarar. Porreiro.
The day that never comes. mais uma fake ballad. Engraçada, sem chegar perto de one e outras, pelo menos não é como as do black album. Colagens demasiado descaradas a Fade to black, Orion e To Live is to Die. Final um pouco confuso e forçado
All Nightmare Long: A estrutura parece tirada de St.anger... totalmente desconexa... e a roçar o medíocre.
Cyanide: P#ta de malhão! groove medonho, pesado! Refrão forte com contratempos tão simples como eficazes. Uma espécie de Lepper Messiah/ Harvester 2008. yeaaaaaaah!
Unforgiven III: A saga prossegue. Esta musica tem uma particularidade: nunca os Metallica fizeram um tema calmo tão depressivo... 7 mins de ambiente pesado a roçar o sofrido. Aqui tal é conseguido. Só por isso merece crédito. Excelente linha de baixo de Trujillo no refrão.
Judas Kiss: uptempo algo forçado com alguns bons riffs mas igualmente com uma composição algo desconexa.
Suicide & Redemption: Monstruosa, arrasta o ouvinte como uma âncora. E não... não comparem esta musica a Cthulu ou a Orion. Aproxima-se mais da lógica de To live is to die, onde a base não é melodia: é o groove... o peso. Depois basta acrescentar adornos para dourar a pilula... o que com uma base destas é não é difícil.
My Apocalypse: Paulada simples e eficaz... refrão bem metal. Para partir a mobília em casa ehehehhe.
Em suma: disco agradável mas sem nada de novo. Encarem-no como o elo de ligação que faltava entre Justice e o Black album (sem a genialidade proeminente do 1º mas definitivamente sem a mediocridade flácida do segundo). Ponham "life", "cyanide", "suicide" e "apocalypse" em loop e siga lavradio! :) Positivo mas previsível.
10- O que são os Metallica hoje? Na minha prespectiva uma banda de metal que teve momentos de génio, momentos de experimentação, de previsibiliade ou até de desastre (maldita lata sotinco). Hammet não é Mustaine, mas não é na guitarra solo (nem nunca foi) que reside ocerne da banda (a semelhança da maioria das bandas de thrash... Marty Friedmans e Alex Skolniks excluídos ;) ). Urlich parece que congelou algures nos finais dos anos 80 ("Justice" é definitivamente o ponto alto do baterista) e já há muito sofre de uma falta de rins e originalidade inquietante (imagine-se esta banda com Vinnie Paul!). Se é verdade que Burton era muito bom executante e Newsted muito sólido, Trujillo é simplesmente um dos melhores baixistas do rock e metal... Period! Ah não acreditam? Ouçam qualquer album dos Infectious Grooves ou The art of rebellion do ST e depois venham-me com histórias. Acontece que é o rookie e parece-me condicionado às ordens da dupla alfa. È Pena. Hettfield continua a ser um excelente songwritter no geral (tirando st.anger, justificada pela ressaca da cura de hectolitros de vodka) com uma alma renovada... ah! e aprendeu a cantar :D...(desculpem-me a repetição :P). Em suma: se estão a procura de algo novo e realmente “wow!” no mundo do metal meio thrashalhado procurem lá mais para os lados de uns Mastodon, Nevermore ou Meshuggah. Por aqui estes senhores apostaram definitivamente em jogar pelo seguro. E por mim... nem está mau!
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